EM NOME DO AMOR

jornal eletrônico
Leandro & Leonardo
LEONARDO

nº 98 – 15 agosto 2008
redação e produção: Vera Marchisiello
distribuição gratuita por e-mail
faça sua inscrição

vmllena@terra.com.br

EM
NOME
DO
AMOR
A cada número do jornal mais me assusto com o rumo que ele foi tomando e a expectativa dos fãs / leitores sempre que se aproxima a data da distribuição mensal. Às vezes penso como aquilo que começou como uma simples distração de fã acabou ganhando um espaço inesperado e hoje faz crescer minha responsabilidade.
Sempre envolvida com o trabalho e questões da minha vida pessoal e familiar, admito que muitas vezes acaba não sendo fácil sintonizar o pensamento e mais ainda a emoção para falar de Leandro e de Leonardo, esses dois irmãos goianos que ocupam um lugar tão especial em meu coração.

CDs, DVDs e fotografias são sempre a melhor fonte de inspiração. Recordar momentos maravilhosos nos shows ou lá em Goiânia, a melhor forma de deixar brotar e crescer a emoção. Agora há pouco eu conversava por telefone com dona Carmem e recordávamos um passeio maravilhoso que fizemos à Fazenda Jabuticabal, perto de Goiânia, em outubro de 2005, dias depois do seu aniversário, quando eu é que havia recebido um presentão dessa família Costa incrível, por merecimento muito amada. Convidada para passar alguns dias com eles, eu pude desfrutar da presença do Leonardo, muito simples, na festa “quase surpresa” pelo aniversário de sua mãe.


Foi uma semana inteira cercada de carinho e da alegria de uma família movida pelo amor que existe entre eles e que têm tanto, mas tanto, que por mais que se doem aos que dependem deles e aos que com eles convivem, me parece que o clima de amor dessa família jamais se esgotará. Naquela semana de outubro de 2005 voltei à Casa de Apoio São Luiz e mais uma vez constatei a força da Luz de Leandro sobre os portadores de câncer lá hospedados para que possam se tratar em Goiânia. É emocionante ver o quanto a família Costa se dedica com muito amor àqueles pacientes, que tanto dependem de ajuda para poderem tentar vencer a doença. Já no show do Leonardo, no Ginásio Serra Dourada, pude perceber o quanto amigos, conhecidos e também fãs desconhecidos se aproximam de dona Carmem e de seu Avelino e sempre são recebidos com carinho e total simplicidade.

Criados numa família simples, unida pelo amor e pelo esforço comum pela sobrevivência de todos, Leandro e Leonardo, ainda com seus nomes de batismo, trabalharam na roça desde a infância e tentaram outras atividades além da agricultura, como a marcenaria e o comércio, Leandro vendendo sapatos e Leonardo como auxiliar numa farmácia.


Quando em 1998 Leandro foi chamado por Deus, Leonardo me surpreendeu com sua força. Soube enfrentar seu destino e logo se tornou o primeiro artista brasileiro a lançar um show em DVD, o maior vendedor de CDs e um artista com agenda de shows lotada, o cantor que leva maior público aos espaços alegres das feiras agropecuárias de todo o país. Mas no camarim ele continua sendo o filho de dona Carmem e seu Avelino, que conversa com os pais e gosta de ter amigos por perto nos momentos tensos que antecedem cada show.

Leo está no décimo ano de carreira solo e nesse espaço de tempo o que percebo
é que não mudou em nada a sua essência e comportamento
como artista e ser humano.
Com determinação e muita luta, venceu a dificílima transição profissional
a que se viu forçado após a perda do irmão e parceiro,
exatamente quem havia dado a arrancada
para que deixassem as hortas de Goiás
e ganhassem o Brasil com muito talento, coragem, garra
e o único modo de viver que conheciam, o da simplicidade.



Em quinze anos de carreira, a dupla Leandro & Leonardo
fez sucesso com todos seus discos
e foi a primeira dupla sertaneja a se apresentar no Canecão, no Rio de Janeiro,
com um show de lotação esgotada e imensas filas de fãs
também querendo ver aqueles que foram um fenômeno de sucesso
mas também um grande exemplo de coragem, luta e total merecimento.
Com o sucesso, veio o forte assédio onde quer que fossem e, daí,
a conseqüente limitação da privacidade.
Leandro, por temperamento, era mais caseiro
e se adaptou com mais facilidade
à vida sempre fiscalizada pela imprensa, por fãs e até por curiosos.
Leonardo, que pensava em ser jogador de futebol,
mas acabou direcionado pelo irmão para a vida artística,
é muito ativo e me parece estar sempre querendo
levar a vida da forma mais comum possível.


Todo ano, desde a partida do irmão, Leonardo o homenageia nos shows.
Nunca buscou nada muito complicado.
Uma canção que se tornou oração, “Mano”. E para que mais?
Imagens do Leandro no telão. O que de melhor para alegrar nossa saudade?
Agora, um pertence, um simples objeto de uso pessoal,
marca registrada do Leandro.
Sensibilidade e simplicidade se unem, se misturam,
e Leonardo expressa sua saudade, presta sua homenagem.








Voltar Jornal ENA jornal 99